Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2016

LASER X ESCLEROTERAPIA

Dr. Hugo Costa Laser ou Escleroterapia convencional? Afinal, qual dos dois é o melhor método para o tratamento das varizes? Essa é apenas uma dentre muitas dúvidas que ouço dos pacientes quando os atendo em meu consultório. Para uma melhor orientação nós, angiologistas e cirurgiões vasculares, entendemos que cada técnica tem sua particularidade quando indicada num tratamento. Não existe uma técnica única de procedimento quando se inicia o tratamento ambulatorial para as varizes. E isso está amparado na própria avaliação médica que se faz durante a consulta. O diagnóstico preciso para cada tipo de varizes é que irá ditar o tratamento específico para as mesmas. Ele pode ser desde uma simples aplicação ( escleroterapia ) até os tratamentos mais radicais como a cirurgia propriamente dita.  O Laser é um tratamento específico indicado no secamento as microvarizes (conhecidas como telangiectasias ). Mas dependendo da região em que for utilizado, o laser pode não ter

ESCLEROTERAPIA - UM TRATAMENTO EXCLUSIVAMENTE MÉDICO

Dr. Hugo Costa Alguns tratamentos de exclusiva competência médica, apoiados no parecer da Lei 12.842/13, diz que " os médicos continuam a ser responsáveis pelo diagnóstico de doenças e prescrição de tratamentos, sendo que os outros profissionais atuarão dentro das atribuições previstas em suas legislações e conforme jurisprudência dos Tribunais Superiores"  estão sendo banalizados e realizados sem um profundo conhecimento técnico-científico por alguns profissionais não médicos, sem especialidade que os qualifique para tais procedimentos, com sérios riscos para os pacientes. Isso se torna um agravante sob o ponto de vista técnico-profissional, pois pode desencadear sérias consequências pós tratamento, que muitas das vezes irá culminar com problemas inestéticos até outros mais sérios podendo levar ao óbito. A escleroterapia é um desses procedimentos médicos que estão perigosamente enquadrados nesse contexto.  Um angiologista ou cirurgião vascular detém profundo conhe

Pé Diabético

  Dr. Hugo Costa Uma das maiores complicações do Diabetes Mellitus é o "pé diabético". Normalmente o paciente acometido pela diabetes possui uma diminuição da sensibilidade plantar, ou seja, a base do pé torna-se insensível ficando assim exposta a possíveis lesões e ferimentos. Esse fato ocorre devido a um acometimento dos neurônios chamado "neuropatia diabética". E para piorar ainda mais o quadro, pacientes diabéticos também têm uma deficiência circulatória arterial nos membros (arteriopatia diabética) que reduz a oferta de sangue para esses locais. Quando as taxas de açúcar no sangue de um paciente com diabetes estão elevadas, um simples ferimento no dedo ou no calcanhar pode ter consequências avassaladoras sendo necessário a amputação do dedo ou até mesmo do pé se não tratado rapidamente.  O cuidado com as lesões que porventura aconteçam nos pés do paciente diabético deve ser muito bem conduzido. Uma boa limpeza local e acompanhamento da ferida pelo mé

Erisipela

Dr. Hugo Costa Ao contrário do que muitos pensam, a Erisipela não é uma enfermidade decorrente de uma desordem circulatória. Tampouco está relacionada as varizes dos membros inferiores. Na verdade, a Erisipela é uma patologia decorrente de um processo infeccioso da pele por agentes bacterianos como o Streptococcus Pyogenes do grupo A e que pode surgir através de lesões de pele como a "frieira" (micose interdigital), picada de insetos ou rachaduras nas solas dos pés.  Essa bactéria ataca especificamente os vasos linfáticos , que são pequeninos tubos transparentes que auxiliam as veias e drenar o líquido (linfa) dos membros e de todo o corpo, causando um comprometimento dessa função, levando a quadros de inchaço (linfedema) do membro acometido.  Existem formas mais agressivas da linfangite infecciosa - outro nome da Erisipela - que podem surgir em forma de bolhas sobre a pele. Nessa forma bolhosa, os sinais e sintomas são mais intensos.  Quando a linfangite infe

Tromboangeíte Obliterante: Doença de Buerger

Dr. Hugo Costa A Tromboangeíte Obliterante , também conhecida como Doença de Buerger , é uma patologia que acomete os vasos periféricos (pequeninas artérias) das extremidades das mãos e dos pés. Percebe-se uma relação quase que direta dessa patologia com o hábito do tabagismo. Fumantes, em especial os do sexo masculino, tem uma grande probabilidade de desenvolver essa enfermidade.  O que acontece no Buerger é uma oclusão (fechamento) das arteríolas (pequenas artérias) nas extremidades dos dedos das mãos e dos pés por um processo inflamatório qualquer, levando, por fim, a um quadro de má circulação local que irá culminar com a perda de parte do membro acometido (amputação).  O sintoma mais comum a essa patologia é a dor intensa que piora quando a região afetada é exposta ao frio. Alguns pacientes com quadros mais avançados de Buerger têm uma dificuldade muito grande de locomoção, podendo desencadear a claudicação (mancar) durante este processo. Dois fatores importantes

ESPUMA DENSA ECOGUIADA: Uma realidade na Cirurgia Vascular

Dr. Hugo Costa Com o aprimoramento da técnica da aplicação nas varizes mais calibrosas com a Espuma Densa Ecoguiada, a Angiologia e Cirurgia Vascular deram um salto gigantesco no tratamento das varizes até então consideradas de tratamento unicamente cirúrgico.  Mas essa técnica não é tão nova como alguns pensam. Para início de conversa, e que fique bem claro isso, a primeira técnica da espuma densa empregada no tratamento das varizes ocorreu por motivação de um  médico espanhol chamado Dr. Juan Cabrera no ano de 1995. Foi Cabrera quem a batizou de "espuma densa" e a utilizou como complemento de tratamento para a cirurgia vascular periférica. Entretanto, é sabido que antes do Dr Cabrera, outro médico, Dr Orbach, em 1944, ao chacoalhar uma seringa de vidro contendo o líquido esclerosante, percebeu a formação de uma espuma onde injetou nas varizes de pequeno calibre obtendo um bom resultado. Portanto, como podemos ver, a técnica "tão atual da espuma" no

Aneurisma de Aorta Abdominal

                                                   Dr. Hugo Costa O Aneurisma de Aorta Abdominal (AAA) ocorre quando há uma dilatação do segmento aórtico a nível do abdome, como exposto na figura. Lembrando que a artéria aorta é o maior vaso do nosso corpo, por isso de grande importância na condução do sangue oxigenado para o organismo. Com o passar do tempo, essa elasticidade aórtica pode ir aos poucos perdendo a força, e, devido a pressão exercida pelo sangue arterial que flui no interior da aorta, pode então haver rompimento da parede da artéria e extravasamento do sangue para o interior do abdome (hemorragia).  Essa lesão é na maioria das vezes assintomática ou pode culminar com sintomas mais específicos. Nas pessoas não têm sintoma algum (assintomáticas), o aneurisma cresce silenciosamente dentro do abdome e normalmente é diagnosticado por exames de imagem de rotina como RX ou Ressonância. Porém, essa dilatação pode aumentar ao ponto de ser perceptível no abdome. Norma

Úlcera Varicosa

A Úlcera Varicosa surge nos membros inferiores quando, devido a um mecanismo qualquer, ocorre um comprometimento do retorno sanguíneo nas veias e consequentemente o aumento da pressão venosa no membro acometido. Esse aumento da pressão venosa nos membros inferiores leva a uma grande perda de líquido para fora das células (extravasamento) encharcando os tecidos no entorno. Esse fenômeno acaba por desencadear o conhecido edema nos membros. Esse edema compromete todo o processo circulatório local culminando com o surgimento da úlcera varicosa.  A ulceração nos membros  inferiores pode surgir consequente a traumatismos locais, cortes ou lesões, ou até mesmo pode ocorrer de forma espontânea. Se não houver um tratamento específico, as úlceras podem se perpetuar de forma duradoura levando meses e até mesmo décadas para cicatrizarem.  Sintomas: Os sintomas mais comuns das úlceras varicosas são: dor, inchaço, escurecimento da pele comprometida (dermatite ocre) e consequentemente a p

TROMBOSE ARTERIAL

Dr. Hugo Costa A Trombose Arterial é caracterizada pela oclusão parcial ou total das artérias por um trombo; é muito parecida com a trombose venosa, mas com características próprias.  A característica mais comum dessa patologia é a dor intensa quando esta ocorre no membro inferior. Se a pessoa tentar elevar os membros inferiores a dor se acentua, diferentemente da trombose venosa. Isso acontece por falta de oxigenação muscular distalmente a obstrução.  As causas mais comuns de trombose arterial (TA) são diversos fatores dentre os quais o tabagismo é um dos pilares. A nicotina parece ter uma grande influência sobre as artérias levando a diminuição do calibre e formação de trombos. Se o tabagismo estiver associado a diabetes mellitus, o quadro pode ser ainda mais agravante podendo levar a perda do membro por isquemia (falta de circulação). O colesterol alto, pessoas estressadas e com idade avançada tem grande propensão da ocorrência de formação de trombos nas artérias. 

Patologias Venosas: VARIZES

Dr. Hugo Costa Muito além de um tratamento meramente estético, as varizes são um verdadeiro tormento para grande parte da população, em especial as mulheres. Estima-se que 20 a 25 % das mulheres e 10 a 15 % dos homens apresentam varizes nos membros inferiores.  Normalmente as varizes apresentam-se de diferentes formas e variáveis sintomas. Podem se apresentar como pequeninos vasinhos conhecidos como " telangiectasias " até vasos mais calibrosos como as " varizes reticulares ". Os dois casos podem ou não ser acompanhados de sintomatologia como: dor, inchaço e/ou "peso" nas pernas. O tratamento dessas varizes normalmente se faz com injeções ( escleroterapia ) contendo substâncias específicas que varia de médico para médico. Há também o tratamento a laser ou luz pulsada como uma variante de tratamento em comparação a escleroterapia. Mas normalmente o resultado pós-tratamento dessas novas variantes ainda não se apresentou muito s

Trombose Venosa (TV)

Dr. Hugo Costa A trombose venosa é uma patologia vascular de extrema preocupação para o angiologista e cirurgião vascular. Isso porque essa patologia pode levar até mesmo ao óbito por um fenômeno chamado "embolia pulmonar" caso aconteça em veias profundas.  Em geral,  a trombose venosa (TV) usualmente ocorre nos membros inferiores e está muito relacionada a reposições hormonais, em especial quando associado ao tabagismo. Forma-se um coágulo (trombo) no interior de uma veia impedindo parcialmente ou totalmente o fluxo sanguíneo desta.  A imobilidade é uma das principais causas de TV. Ela pode estar associada a longa permanência nos leitos após uma grande cirurgia, viagens prolongadas, reposição hormonal - agravada quando associada ao cigarro - e também por outras doenças como câncer ou até mesmo traumas locais. Existem algumas alterações genéticas que possibilitam o surgimento de trombos venosos. A TV pode acontecer em duas regiões específicas: superficialmen