Dr. Hugo Costa
Alguns tratamentos de exclusiva competência médica, apoiados no parecer da Lei 12.842/13, diz que "os médicos continuam a ser responsáveis pelo diagnóstico de doenças e prescrição de tratamentos, sendo que os outros profissionais atuarão dentro das atribuições previstas em suas legislações e conforme jurisprudência dos Tribunais Superiores" estão sendo banalizados e realizados sem um profundo conhecimento técnico-científico por alguns profissionais não médicos, sem especialidade que os qualifique para tais procedimentos, com sérios riscos para os pacientes. Isso se torna um agravante sob o ponto de vista técnico-profissional, pois pode desencadear sérias consequências pós tratamento, que muitas das vezes irá culminar com problemas inestéticos até outros mais sérios podendo levar ao óbito. A escleroterapia é um desses procedimentos médicos que estão perigosamente enquadrados nesse contexto.
Um angiologista ou cirurgião vascular detém profundo conhecimento anatômico e técnico-científico para realizar esse procedimento, pois esses especialistas, além de passar seis anos no curso de medicina, complementam sua especialidade com mais dois anos de residência médica, totalizando assim oito anos de estudos superior especializado. E fora os cursos anuais ou mensais que realizam para reciclagem profissional, apoiado em experiências de outros especialistas nacionais e internacionais.
O Conselho Federal de Medicina, em conjunto com a Associação Médica Brasileira e a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, tem lutado lado a lado com a justiça para proibir que esses profissionais não médicos e sem especialidade que os qualifique para tal procedimento, atuem realizando esse procedimento (escleroterapia) nos pacientes desinformados, e talvez até por preços bem populares como chamariz, como se isso tudo fosse uma grande e boa "promoção".
Saúde não é um produto de mercado para ser vendido e tampouco um objeto de promoção de uma liquidação maluca qualquer que pode ser comprado por qualquer um em casas de saúde ou escritórios/ consultórios de profissionais que se julgam aptos para tal. Saúde é um estado de integridade física que jamais deverá ser banalizada.
Deixo esse alerta aos pacientes e demais pessoas, para que, num futuro não tão distante assim, não se vejam diante de um problema sério de saúde agravado por profissionais desqualificados que acham que podem realizar qualquer coisa sem uma base sólida de conhecimento técnico-científico.
Na dúvida, procure orientação médica. Jamais suspenda ou substitua sua medicação sem o consentimento do seu médico.
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